Category Archives: Uncategorized

Direitos Humanos dos Autistas

Aos autistas são-lhes negados pelo menos seis direitos que estão consagrados na Declaração dos Direitos Humanos da ONU:

1º – O Direito à Dignidade. Segundo o National Autistic Society, metade dos adultos autistas na Grã-Bretanha (UK) reportaram que foram abusados por alguém que consideravam ser seu amigo e ¼ que foram roubados.

2º – O Direito à Educação. Estatísticas mostraram que uma em cada cinco crianças na UK foram excluídos da escola. E 80% das que permaneceram dizem que sofreram bulling.

3º – O Direito da Igualdade do Acesso aos Serviços Públicos. Um em cada três autistas adultos desenvolve doença mental grave devido à falta de apoios. Numa clínica para adultos que procuram um diagnóstico de autismo, dois terços dizem que já pensaram em suicidarem-se, e 1/3 tentou o suicídio. No UK o tempo de espera por um diagnóstico pode ser de 12 meses ou mais.

4º – O Direito ao trabalho. No UK só 15% dos adultos autistas têm um emprego em full-time, apesar de muitos terem uma boa inteligência e até talentos. O desemprego é um fator para a depressão.

5º – O Direito à Proteção contra a Descriminação, o Direito a uma Vida Cultural, ao Descanso e ao Lazer. Muitos autistas já foram convidados a sair de um supermercado, de um cinema, por causa dos seus comportamentos. Metade dos autistas adultos no UK dizem sentir-se sozinhos, 1/3 deles ficam em casa durante muito tempo e 2/3 sentem-se deprimidos por causa da depressão. Um em cada quatro autistas não tem amigos.

6º – O Direito à Proteção da Lei. Uma em cada cinco crianças autistas no UK foram questionadas pela polícia e 5% foram detidas. 2/3 dos agentes disseram que não receberam formação para intervirem com pessoas autistas.

Para o próximo ano os políticos serão alertados para a injustiça e terão de garantir Direitos Humanos para os autistas, criando condições para a proteção dos direitos dos autistas. A ideia de “neurodiversidade” entre os humanos , em que se aceita que a mente e o cérebro não são iguais e a diversidade deverá ser celebrada. Olhar para o autista de uma forma diferente da atual, que se baseia num modelo médico. Numa sociedade civilizada fazem-se ajustamentos razoáveis para os cidadãos com incapacidades, tendo em vista minimizá-los, promovendo a inclusão social.

Simon Baron-Cohen, professor de psicologia e psiquiatria na Universidade de Cambridge e diretor no Autism Research Centre

“Autistic people will claim their human rights” in “The Wired World in 2022”, pág. 82.  

Alunos NEE felizes

“Não é preciso ser saudável para ser feliz”

Zachary Mainem (Dirige o Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud)

As políticas educativas ao nível das tecnologias não deverão cingir-se unicamente a apetrechar as escolas de material informático, mas também a tecnologias (Aparelho Bantam – Easystand) que permitam que os alunos DID com deficiências motoras profundas usufruam de atividades que lhes proporcionem Estímulos Emocionalmente Competentes que causem sentimentos de alegria e que reduzam a dor, aumentando assim o bem-estar. Estes alunos devem estar diariamente na posição bípede 120’ / Dia e não encostados a um canto durante a maior parte da atividade letiva.

Objetivos:

– A posição de pé afeta a densidade óssea

– Melhora a digestão

– Diminui a espasticidade

– Diminui as contraturas

– Melhora a respiração e circulação

– Melhora o controle da cabeça

– Efeitos psicológicos: melhora a auto-estima e o contacto ocular.

Deuses Epiléticos

Hipócrates designava a epilepsia como “doença sagrada”. Platão dizia que as doenças mentais eram transtornos éticos e divinos, e classificava-os como proféticos, rituais, poéticos e eróticos. Quantas religiões terão tido origem num epilético?

PISA

De 2 de março a 22 abril, em 80 países participantes, decorre a aplicação dos testes PISA que medem literacias diversas dos alunos com 15 anos de idade entre o 7º e o 12º anos em todas as modalidades de educação e formação. Portugal participa com 12.000 estudantes, pertencentes a 231 escolas. As políticas educativas têm os resultados como referência. No Ensino da Matemática há 50 anos o grande enfoque incidia sobre o domínio do cálculo, o que se conseguia realizando muitos exercícios rotineiros. Hoje é preciso capacidade de raciocínio, de resolução de problemas e de comunicação, que não se aprendem com exercícios iguais (ex: na prova do 6º ano de 210 havia uma pergunta que implicava fazer uma soma de 5+2 a partir da leitura de um quadro). “Competências Desenvolvidas” é o que mede, e não cultura geral. Num estudo internacional do PISA os alunos portugueses erraram, por exemplo, tudo o que implicava interpretação de tabelas.

Covid e E.F.

As DGS italianas e americanas revelaram que apenas 4% e 6%, respetivamente, dos óbitos relacionados com Covid podem ser atribuídos em exclusivo ao vírus. Assim, a esmagadora maioria dos óbitos são relativos a idosos com duas ou três doenças crónicas associadas, quase sempre com obesidade. A indústria da alimentação está a enfraquecer e não a fortalecer a população mais pobre. Temos de redefinir o que se come e aumentar a prática de Atividade Física. O #ficaremcasa foi uma fuga à realidade, a obsessão pelas escolas, mesmo sabendo que o vírus não matava crianças, diminuiu-lhes drasticamente a Saúde Funcional e Saúde Fisiológica.

Comida e Ambiente

Os exageros na comida estão associados ao número de convivas. Em média quando tomamos uma refeição com alguém comemos mais 33%; com dois mais 47%; com três mais 58%. A música de fundo propicia um aumento de 20% de calorias consumidas e de 30% de bebidas.

Lorena dos pés ligeiros!

Lorena Ramirez, 21 anos, mulher rarámuri, sem qualquer treino regular ou preocupação com a forma física, moldada apenas pelo contexto geográfico e sociológico, de saia comprida e huaraches (calçado com sola de pneu e tiras de couro), terminou a Ultramaratona Caballo Blanco (100 Km) em 2º lugar. Um ano depois ganhou o Ultratrail Cerro Rojo (50 Km) e na Ultramaratona de Los Cañones (100 Km).

Netflix – “Lorena, la Pies Ligeros”.

Vantagens das Caminhadas

“Há algo no ato de caminhar que anima e avisa as minhas ideias: quase não consigo pensar quando fico parado” – Jean-Jacques Rousseau

“Todos os pensamentos verdadeiramente grandes são concebidos a caminhar” – Friedrich Nietzsche

“Um passeio a pé deve ser feito sozinho, porque a liberdade é essencial; porque temos de ser capazes de parar e continuar em frente, e seguir este caminho ou aquele conforme nos leva o capricho” – Robert Louis Stevenson

“A caminhada de que falo tem a ver com fazer exercício, mas é ela mesma a aventura do dia” – Henry David Thoreau

Eis a questão!

Brian Edlow do Laboratório de Neuro-Imagem do Coma e da Consciência (NICC) do Hospital Geral do Massachusetts escreveu que pessoas em coma, ou consciência mínima, podem responder a perguntas se forem colocadas num scanner de ressonância magnética. Se lhe dissermos “imagina que levanta o braço direito” observa-se atividade cerebral posterior ao pedido. Este tipo de exame geralmente não é feito aos doentes candidatos à retirada do apoio vital.

Frenologia

Joseph Gall desenvolveu a Teoria da Frenologia, segundo a qual se podia conhecer o estado de certas funções cerebrais através da palpação do crânio. Fundou uma escola em Espanha, sendo o seu principal discípulo Mariano Cubí y Soler que, em Sevilha, fez sessões de magnetismo e sofrologia que tiveram tanto êxito que a fábrica de loiça inglesa La Cartuja de Sevilha, fundada por Carlos Pickman, comercializou um “crânio frenológico”. Quando Cubí foi à fábrica para supervisionar a fabricação do crânio avisou o dono de que analisara a cabeça do porteiro e ele mostrava propensão para o assassínio. Dias depois da visita o trabalhador matou vários membros da família. O último indivíduo a ser enforcado em Portugal, Diogo Alves em 1841, ficou sem cabeça a pedido de José Lourenço de Luz Gomes para ser estudada no Gabinete de Frenologia da Escola Médico-cirúrgica de Lisboa, e ela por lá continua.