Aquecimento Global

1 - Quando diz que um carro elétrico tem zero de emissões, está-se a mentir. Um veículo elétrico contém cerca de 80kg de cobre, enquanto que um veículo a combustíveis fósseis tem cerca de 20kg.

A hipocrisia do Ocidente manipula-nos em relação à exploração tanto das novas energias limpas como das energias fósseis. O Ocidente nega a exploração de novas minas das chamadas "terras raras", ou mesmo energias fósseis, preferindo ir explorá-las ou comprá-las a países sub-desenvolvidos, onde as normativas ambientais ainda são muito ténues. Faz-nos entender de uma maneira pragmática a total dependência que a nossa civilização atual tem nas energias fósseis. Enfatiza que as energias renováveis como o vento e o Sol só geram eletricidade, mas não poderão substituir completamente as energias fósseis. Tanto os painéis solares como as turbinas eólicas são produzidos com derivados do petróleo. Biden mandou cancelar o  oleoduto Keystone Pipeline, que ligaria Alberta, no Canadá, às principais refinarias nos EUA. O seu transporte representaria zero por cento de emissões de CO2 e o Canadá na extração de petróleo tem a tecnologia mais avançada, que permite alta performance nos padrões e exigências ambientais.

2 - A Índia consome cerca de 5 milhões de barris de petróleo por dia.

3 - “No seu comportamento para com as criaturas, todos os homens são nazis. A presunção de que o Homem pode lidar com as outras espécies como bem lhe apetecer exemplifica as teorias racistas mais extremas, o princípio de que a força tem sempre razão” – Isaac Bashevis Singer

Senciência - capacidade de muitas espécies animais de sentirem dor e sofrer.

Mais de 60% dos mamíferos no mundo são criados para a alimentação, e consumimos 60 mil milhões de galinhas por ano, a maioria delas com ração à base de soja, oriunda do solo desflorestado.

Herdade de São Luís

Herdade no Alentejo com uma relação mais humana com os seus animais, que estão em equilíbrio com a Natureza pela maneira integrada com que eles são criados. Estão totalmente livres, nunca são condicionados a um espaço físico limitado desde que nascem. As porcas, por exemplo, são deixadas para parir em propriedades mais pequenas, com água e sombra, onde podem estar mais próximas das crias por um período de, no mínimo, 90 dias. Só depois os leitões são transferidos para uma área de 10 hectares, onde podem viver em total liberdade. Os animais movem-se por pastagens novas todos os dias, num sistema de rotação. Nunca ficam em contacto com os seus excrementos e têm sombra e a paisagem do montado ao seu dispor. Pela complexidade e pela heterogeneidade, Portugal tem uma enorme potencialidade de construir um sistema mais integrado, até porque tem a quase totalidade da criação de animais em método extensivo, e não intensivo, como os principais produtores do mundo.

Em julho de 2022 a "Open Cages" (organização do bem-estar animal) revelou que 64milhões de galinhas morrem prematuramente todos os anos no Reino unido.

Frangos de corte - "um milhão  dessas aves inteligentes e sensíveis está a morrer todas as semanas para se conseguir pôr frango barato nos pratos " - Chris Packham, naturalista e apresentador inglês.

São frangos (com manual de desempenho de 15 páginas, tal como as máquinas) que atingem o peso de abate em 35 dias, 3x mais depressa do que os normais. Baixos custos de produção. O crescimento é tão rápido que a estrutura óssea não aguenta, assim como o coração, e muitos morrem prematuramente.

Os governos encorajam as atividades que mais provocam as alterações climáticas, dando-lhes subsídios. Só nos EUA a produção industrializada de animais recebe 40 mil milhões de dólares/Ano.

Os governos recomendam que se consumam menos alimentos com colesterol e gordura saturada, por outro lado os mesmos governos subsidiam a produção de carne, ovos e laticínios, os alimentos que mais colesterol e gordura saturada contêm.

O Japão e as ilhas Faroé matam golfinhos empalando-os com hastes de aço que lhes metem pelo ânus para esmagar a coluna, enquanto eles guincham de horror e se debatem de dor. Auschwitz começa sempre que alguém olha para isto e deixa acontecer, alegando que são apenas animais.

A produção de animais para a alimentação liberta quantidades astronómicas de CO2, metano e óxido nitroso, quantidades estas que são superiores às emitidas conjuntamente por todos os automóveis, barcos, comboios e aviões existentes. A agricultura é assim a maior causadora das alterações climáticas na terra. Por razões económicas os políticos só falam dos combustíveis fósseis, mantendo um estranho silêncio em torno da indústria animal.

O gás metano é 80x pior que o CO2. O gado emite mais de 500 mil milhões de litros/dia, sem contar com os peidos dos humanos. Todos contribuem para o efeito de estufa!

A indústria de carne brasileira serve para alimentar os europeus, os americanos e os chineses, que se manifestam contra a destruição da Amazónia  ao mesmo tempo que comem picanha!

A pesca de alto mar só não dá prejuízo porque recebem enormes subsídios. E o escândalo é tão grande que Bruxelas chegou a classificar os caracóis como sendo peixe só para que os seus produtores franceses ganhassem subsídios!”

Ligação da nossa atual alimentação aos muitos danos ambientais.

Começa a existir um dilema moral sobre aquilo que colocamos no prato.

Animais reconhecidos desde 2017 no nosso Código Civil como seres com sentimentos.

4 - Os eucaliptos são propositadamente plantados para se fazer pasta de papel. As embalagens e os sacos de papel são hoje a moda dos ambientalistas. Mas os eucaliptos foram tão diabolizados durante anos  que há nos dias de hoje falta de papel e este está cada vez mais caro.

5 - Índices de maiores poluidores a nível mundial

1 indústria - a pecuária intensiva é a mais destrutiva.

2 agricultura

3 produção de energia elétrica

4 mobilidade, onde se incluí, aviões, barcos de grande porte, carros, etc

Centro de Sustentabilidade da Volvo

A pegada de carbono de um carro elétrico é ou não maior que a de um carro a diesel ou a gasolina?

Segundo um estudo deste centro o processo de produção do C40 Recharge (100% elétrico) gera mais de 70% de emissões do que a produção do modelo semelhante com motor a combustão, o XC 40. A investigação teve em consideração toda a pegada de carbono ao longo do ciclo de vida de cada modelo, incluindo a extração das matérias - primas, processos de produção, abastecimento e a condução ao longo de 200 mil quilómetros. , antes do abate do veículo. Conclusão: produzir um veículo elétrico é mais poluente do que um veículo a combustão. Um Volvo C40 Recharge necessita percorrer 109.918 Km para ser menos poluente do que um XC 40, ou seja, na vida útil produziu menos 15% de emissões.

6 - “Há um estudo da EU relativamente recente que diz que 53% das afirmações verdes existentes no mercado europeu são vagas, enganosas ou infundadas. E 40% das informações verdes praticadas no mercado europeu não podem ser comprovadas factualmente. Ou seja, mais de metade das informações verdes que circulam na Europa são falsas ou são vãs”.

Rodrigo Tavares, professor catedrático convidado da Nova SBE, in revista “Visão”, pág. 87, nº 1606, 14/12/2023.

A maior parte das empresas de maior porte em Portugal é obrigada a publicar um relatório de sustentabilidade. Mas 41% das empresas não auditam os relatórios de sustentabilidade. Comunicam ao mercado as suas práticas de sustentabilidade, mas não há um mecanismo de validação. O potencial de informação falso é alto.